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Gastronomia

BAZULAQUE

 

O bazulaque era um produto muito utilizado nos casamentos e nas festas, como entrada. Era também uma maneira de aproveitar ao máximo outras partes do anho. Antigamente era um prato que se fazia muito nos dias de festa e caiu em desuso, tendo ressurgido há uns anos e está novamente a ser servido nos restaurantes. Era um prato de acolhimento dos convidados dos noivos. No dia do casamento, preparava-se o prato na casa da noiva (onde normalmente era a boda do casamento), servido como pequeno almoço / aperitivo antes de se deslocarem, a pé, para a igreja. Era assim uma forma de sustentar e agradar os convidados, no dia do casamento.

 

Em Meinedo essa tradição foi recuperada com a recente Confraria do Bazulaque de Magneto.

 

ANHO ASSADO NO FORNO A LENHA

 

O Anho Assado com Arroz de Forno é por excelência um “prato de festa”, desde tempos imemoriais, ganhando especial destaque nesta região onde a pastorícia complementa a atividade agrícola. Encontrámo-lo por um lado, associado ao repasto em que termina um dia da vindima. Por outro lado, os casamentos, na ementa do banquete contemplava obrigatoriamente o Anho Assado, que muitas vezes, ao invés de se perguntar a data do enlace, se interrogavam para quando o “Convite para o Anho” do matrimónio.

 

A história do arroz de forno, típico desta região e que a confraria do Anho Assado com Arroz de Forno promove e defende tem uma particularidade. No tempo dos nossos antepassados, sabemos das dificuldades monetárias que se faziam passar por estas terras, terras estas também de barões e baronesas, de patrões e caseiros. Como era habitual, nos dias de festa, os caseiros preparavam o anho assado no forno para que pudessem degustar um belo manjar em família. No final da refeição, como pouco restava do anho, somente arroz, que também era delicioso, os caseiros encontraram uma forma de poder saborear o anho assado, colocando-o por cima da grelha, para que este ficasse a “pingar” os condimentos e o sabor do anho pelo arroz.

SOPA SECA


A sopa seca é mais uma curiosidade da gastronomia da nossa região. Segundo testemunhos orais e que se transmitem de geração em geração, as famílias mais humildes e de parcos recursos económicos preparavam uma sobremesa que estivesse ao alcance das suas bolsas e que satisfizesse as suas aspirações gastronómicas, principalmente em dia de festa.


É um doce à base de pão de trigo velho, embebido em água adocicada com açúcar e aromatizada  com vinho doce e casca de limão. Para se apresentar com o seu sabor original deve  ser confecionada de preferência  em forno a lenha e deve ser saboreada ainda morna.

SARRABULHO DOCE

 

O sarrabulho doce faz-se com a tradicional matança do porco. O seu ingrediente principal é o sangue de porco cozido que se mistura com pão, açúcar amarelo e mel. Este doce de colher é uma sobremesa de Inverno muito apreciada pela população da nossa região.